domingo, 25 de setembro de 2011

O sorriso de Monalisa


Tudo nela é demais! Seu rosto, seu sorriso, seu jeito de ser e de se expressar. Seu beijo é maravilhoso, sua boca tem um gosto suave e seu perfume é tão natural como se ela mesma o produzisse.
Seu porte é de mulher, seu olhar é de menina. Menina que quando te olha nos olhos faz você perder os sentidos e te faz também imaginar que estar ao lado dela não passa de um sonho.
Seu corpo é escultural, lapidado pelos mais celebres e talentosos anjos. Assim como seu nome, que da mesma forma na pintura, representa a mais valiosa criação artística do homem: Monalisa.

(Péricles Oliveira de Brito) 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Discurso Literário x Discurso Comum


Pode-se dizer que a linha de diferença entre discurso literário e discurso comum é bem estreita, porém existem diferenças entre ambos que os caracterizam fazendo que criem assim suas singularidades. Encontramos no discurso literário uma vasta complexidade ao passo que no discurso comum relacionamos diretamente um referente ao seu signo linguístico.
Percebe-se no texto comum uma transparência marcada pela significação singular dos signos como principal traço caracterizador do discurso comum que nos possibilita perceber quando existe um referente diretamente ligado ao seu signo linguístico.
Percebe-se no texto literário o uso da polifonia como seu traço caracterizador, fator que determina a complexidade da linguagem possibilitando aos signos lingüísticos, as frases e as seqüências assumir múltiplos significados.

“A literatura cria significantes e funda significados. O texto literário é multissignificativo.”

Quando se diz que o texto literário trabalha com polifonia e assim muda o sentido das palavras dando a si tamanha complexidade, pode-se dizer que a literatura afasta-se do real sentido das palavras deixando de se preocupar com a plena clareza da comunicação que veicula e com a obediência às normas usuais da língua.
Sendo assim, tal fato torna possível relacionar linguagem literária e polifonia, pois ambas caminham juntas, a polifonia permite à linguagem literária manter sua complexidade.

PROENÇA FILHO, Domício. Literatura: Conceitos. In: Estilos de Época na Literatura. São Paulo: Ática, 1995. (p-32-51)